Crise financeira obriga lojas do comércio da capital a fecharem as portas


Supermercados e lojas de eletrodomésticos são alguns dos exemplos

De geração em geração, empreendedores conquistaram o mercado sergipano. As principais redes varejistas da capital iniciaram há décadas, antes como pequenas mercearias, hoje, como grandes supermercados. Exemplo disso é uma das primeiras redes de supermercado de Aracaju, a Paes Mendonça, que ficava situada nas proximidades do Terminal Rodoviário Governador Luiz Garcia, popularmente conhecido como Rodoviária Velha, que depois passou a integrar a rede Bompreço. No último mês, o estabelecimento teve suas portas fechadas definitivamente.

A rede Walmart, que comprou o Bompreço no ano de 2000, alegou que o estabelecimento está fechado devido ao baixo desempenho da unidade ao longo dos últimos anos. Questionados sobre a situação e a quantidade de pessoas que faziam parte do quadro de funcionários do supermercado, a Walmart informou que eram cerca de 100 e que a empresa ofereceu possibilidade de transferência para outras lojas da rede no estado.

Além do supermercado, diversas lojas se encontram fechadas no centro da cidade, o que leva a reflexão sobre o fechamento destes estabelecimentos. O empresário João Lima foi um dos maiores varejistas de Aracaju, ele era o proprietário da loja Radiante, que comercializava móveis e eletrodomésticos. Segundo ele, com a chegada de grandes redes que atuam no mesmo ramo e a ampliação de ofertas de eletrodomésticos no segmento supermercadista, houve a necessidade de fechar sua loja.

“Alguns eletrodomésticos como aparelhos de som, televisores, ganharam destaque em alguns supermercados. Esses equipamentos custavam na faixa de 200 reais, então a gente tinha que vender pelo mesmo preço ou não tinha conversa”, relata o empresário.

FECOMÉRCIO

De acordo com a Federação do Comércio de Sergipe (Fecomércio), o impacto no comércio é um reflexo da crise. Como o estado demorou para sofrer o impacto diretamente, também demorou um pouco para se recuperar após sua chegada. Segundo o órgão, o Brasil está começando a se recuperar agora com medidas como a Reforma Trabalhista, a regulamentação da terceirização, redução da taxa de juros praticados pelo Governo Federal e a busca, pelo Governo do Estado, de medidas para facilitar a questão fiscal das empresas.

A Fecomércio estima que o ano de 2018 será melhor que os quatro anos anteriores, caraterizados pelo fechamento de lojas e perda de postos de trabalho.

ACESE

A Associação Comercial e Empresarial de Sergipe (Acese), por meio do presidente Marco Aurélio Pinheiro, declara que a contribuição da associação é bastante limitada no sentido da crise, porque ela é inicialmente nacional, mas com reflexos muito fortes no estado de Sergipe.

O presidente informa que a Acese encabeça grandes lutas do setor produtivo, como o fim da taxa abusiva de mais de 10% de multa do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Marco Aurélio informa ainda que a Acese exerce papel no dia a dia de assessoramento de pequeno e microempresário.

 

Fonte: CINFORM

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