Na arte de fazer política o senador Valadares é tido pelos amigos, aliados de outrora e até por adversários como um exímio articulador , como um jogador de xadrez, que é campanha de sacrificar a rainha para preparar um xeque-mate. E nesse jogo sucessório Antônio Carlos Valadares acompanha de camarote as negociações feitas pelo senador Eduardo Amorim em conjunto com o deputado federal André Moura. Valadares quer criar a terceira via, através de uma composição com o PPS e enxerga com clareza uma viabilidade política em seu projeto. O filho vai mesmo para a reeleição de deputado federal e em 2020 se lança pela terceira vez candidato a prefeito da capital. É a terceira via do pai e a terceira vez do filho.

Longe do Congresso Nacional e cumprindo a licença, o senador Valadares também sumido dos comentários via twitter, ele deixou de bater em Jackson e no candidato do governo, Belivaldo Chagas, para se concentrar nos passos de Amorim e André. Somente em abril o PSB vai definir se lança candidato próprio à sucessão estadual ou se vai apoiar o projeto político da oposição. Quando o senador Antônio Carlos Valadares definir sobre as eleições 2018 o quadro político pode estar desenhado com candidaturas dos blocos governista e oposicionista. A candidatura do filho à reeleição somada à sua candidatura ao governo pode afastar candidatos a deputado federal do projeto.

O calendário gregoriano de Valadares começa mais tarde. Ele movimenta as peças do xadrez observando as pesquisas preliminares, quantitativas e qualitativas para depois se posicionar. Se essa estratégia é a melhor para formar um bloco de coalização com PPS e outros pequenos partidos o tempo vai responder. Pode ser tarde ou pode ser o momento de reunir forças com o bloco de oposição formado por Amorim e André.

Por enquanto a aposta que Antônio Carlos Valadares faz é a certeza de que irá para o 2º turno, o que provocaria a volta de todos “aos seus devidos lugares”. Sua candidatura está longe de ser um blefe. Ele quer deixar o Senado e buscar a vaga no Palácio de Despachos.

Fonte: CINFORM