80 anos depois, avião americano que caiu durante a 2ª Guerra Mundial é encontrado no litoral do RN


Avião Catalina caiu no dia 13 de junho de 1942 na altura da praia de Maracajaú, no litoral norte potiguar. Destino final era base aérea de Parnamirim, onde americanos estavam instalados. Estrutura foi encontrada inicialmente por mergulhador.

Pesquisadores do Rio Grande do Norte encontraram um pedaço de um avião militar dos Estados Unidos que caiu há exatamente 80 anos no litoral potiguar, durante as operações da Segunda Guerra Mundial – uma das bases americanas ficava em Parnamirim, na Grande NatalAssista abaixo a entrevista com o pesquisador que participou a descoberta.

A estrutura do hidroavião bimotor Catalina, do Esquadrão 83 da Marinha dos Estados Unidos, estava no fundo do mar da Praia de Maracajaú, no município de Maxaranguape, onde caiu em 13 de junho de 1942. O avião só foi encontrado no início deste mês.

Os destroços foram percebidos inicialmente por um mergulhador profissional que ministrava um curso na região. Ao se deparar com a carcaça, avisou ao Centro Cultural Trampolim da Vitória, memorial que reúne fatos históricos sobre a presença americana no RN durante a Segunda Guerra Mundial.

Pesquisador relata encontro

 

No voo estavam 10 marinheiros – sete morreram, incluindo o piloto, e três sobreviveram, sendo abrigados por pescadores de Barra de Maxaranguape.

De acordo com o curador do Centro Cultural Trampolim da Vitória, Fred Nicolau, há pelo menos outros 10 aviões que caíram entre Parnamirim e Maracajaú, mas há uma dificuldade de encontrar os vestígios porque quem acha os destroços, segundo ele, guarda isso como “um segredo”.

“Eu não sabia, à princípio, que esse estava lá ou que era esse [avião]. Um amigo meu que é mergulhador estava dando um curso ali no portal de Maracajaú na semana passada e falou que ‘achou um treco lá’, ‘um negócio ali’, mas não era um avião. E me mandou as fotos. Eu olhei as fotos e de fato aquilo é uma sucata, não parece nada. Tem um monte de treliça, tem umas chapas quebradas”, explicou.

“Eu comecei a procurar nas coisas que eu tinha e achei um pedaço daquela sucata que era uma peça muito característica de um avião chamado Catalina”.

Segundo ele, os fatos se conectaram após a a lembrança de um documento que apontava para um acidente acontecido com um avião desse tipo no município de Maxaranguape.

“A gente já tinha esse relatório desse avião. Mas não sabia onde que estava. E aí coincidiu”, disse.

Fonte: G1

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