Delegado da PF é suspeito de assediar e agredir jovens em ilha no lago Palmas


Jovens fizeram boletim de ocorrência contra o suspeito. Segundo uma das vítimas, o homem chegou a puxar a parte debaixo do biquíni dela e encher uma latinha com água para acertá-la na cabeça.

O delegado da Polícia Federal, Luis Felipe Felipe da Silva, é suspeito de assediar, ameaçar e agredir quatro jovens na ilha Canela, no Lago de Palmas. Segundo as mulheres, o delegado chegou a encher uma lata com água e jogar na cabeça de uma das vítimas, que ficou ferida. O crime aconteceu na tarde deste domingo (25) e as vítimas fizeram boletim de ocorrência.

Uma das vítimas, que não quis se identificar, informou que ela e mais três amigas estavam de lancha em uma ilha quando o delegado chegou para conversar. A jovem disse que ele estava embriagado e tinha o comportamento desrespeitoso e violento.

Depois da abordagem, elas resolveram se afastar e foram para a Ilha Canela. “Meia hora depois ele chegou de lancha e ficou do nosso lado. Ele assediou uma por uma. Ficou falando que era delegado e que podia bancar a gente”, contou.

Ainda segundo o relato da jovem, o delegado ficou ainda mais violento quando elas pediram para ele parar e se afastaram. “Ele agarrou na parte debaixo do meu biquíni e puxou. Ele fez isso com a minha amiga também. Depois jogou uma latinha em mim, mas não acertou. Daí ele encheu a lata de água e acertou na cabeça da minha amiga”.

A outra vítima, que foi atingida, lembra do momento da agressão. “Eu estava com muito medo porque ele estava transtornado. Falava que era delegado federal e que ninguém poderia detê-lo”.

Ela disse ainda que mesmo depois da agressão ele continuou os xingamentos. “Meu rosto ficou sangrando e ele não se importou pelo fato de eu estar ferida. Fomos direto para a delegacia de flagrante e ele foi atrás da gente. Chegou até a cair no chão de tão alcoolizado que estava”, disse a mulher.

Nesta segunda-feira (25) as vítimas procuraram a delegacia especializada da mulher e prestam depoimento.

A Polícia Civil confirmou que o caso foi registrado na Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher e disse que foi instaurado procedimento investigativo.

G1 tenta contato com a defesa do delegado citado e aguarda um posicionamento da Polícia Federal.

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