Deputado do PSDB, pró-governo, será o relator do processo contra Temer


O anúncio foi feito na tarde desta quinta-feira (28/9) pelo presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG).

O deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG) será o relator do processo contra o presidente Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça, na Câmara dos Deputados. O anúncio foi feito na tarde desta quinta-feira (28/9) pelo presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG).

A decisão deve gerar uma briga com o PSDB, já que o líder da bancada na Câmara, deputado Ricardo Trípole (PSDB-SP) já havia pedido expressamente a Pacheco que não indicasse um tucado para a relatoria.
Na denúncia passada, quando Temer era acusado de corrupção passiva, o relator escolhido foi o deputado Paulo Abi-Ackel, também de Minas Gerais, o que levou Trípole a orientar a bancada a votar contra o relatório.

Entenda a denúncia

A segunda denúncia contra o presidente Michel Temer foi oferecida pela equipe do então procurador-geral da República Rodrigo Janot em 14 de setembro. Desta vez, Temer foi denunciado por prática de organização criminosa e obstrução de Justiça. O ex-PGR também incluiu na acusação, que ficou conhecida como “Quadrilhão do PMDB”, os nomes do ex-deputados Eduardo Cunha e Rodrigo Loures, dos ex-ministros Henrique Alves e Geddel Vieira Lima, e dos ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco.
Segundo a peça de Janot, todos os envolvidos praticaram ações ilícitas em troca de propina por meio da utilização de diversos órgãos públicos, como Petrobras, Furnas, Caixa Econômica, Ministério da Integração Nacional e Câmara dos Deputados desde 2006, quando o Conselho Nacional do PMDB aprovou a integração da legenda, em bloco, à base aliada do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O ex-procurador relaciona os fatos do passado com o mandato atual de Temer afirmando que, com uma forte atuação parlamentar e responsabilidade por outras indicações políticas que durariam até hoje, a organização criminosa teria permanecido praticando crimes durante os anos de 2015, 2016 e 2017.
Janot apontou ainda que Temer atuou por meio de terceiros neste período e assumiu a liderança da organização criminosa a partir de 2016, quando chegou à Presidência da República.
Fonte e texto: Correio Braziliense

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