Em tom de ameaça, Coréia do Norte diz que EUA deveriam tirar Trump do poder.


Em tom de ameaça, mídia norte-coreana diz que presidente deve ser retirado do cargo para evitar ‘horrível desastre nuclear e destruição trágica’. Visita à Coreia do Sul foi criticada e apontada como fortalecimento de aliança militar contra o Norte.

A Coreia do Norte respondeu mais uma vez a um discurso de Donald Trump, desta vez dizendo, nesta quarta (8), que os EUA deveriam tirar o presidente do poder.

Segundo a Associated Press, a mídia estatal se referiu a Trump como “um velho lunático” e disse que ele deveria ser retirado do cargo para que o país se livre “do abismo da destruição”. O tom de ameaça é adotado ao insinuar que o conselho deve ser seguido se os Estados Unidos “não quiserem um horrível desastre nuclear e destruição trágica”.

Durante sua visita à Coreia do Sul, nesta quarta, Trump advertiu a Coreia do Norte de que “chegou o tempo da força”, em um discurso no Parlamento em Seul, na Coreia do Sul. “Não nos provoque”, declarou, antes de embarcar para a China.

“Todas as Nações responsáveis devem unir suas forças para isolar o brutal regime da Coreia do Norte”, declarou Trump. “Não se pode apoiar ou aceitar isto”.

Trump disse que oferece ao líder norte-coreano, Kim Jong-un, “um caminho para um futuro melhor”, em meio à crescente tensão pelo programa nuclear de Pyongyang.

“As armas que você está desenvolvendo não lhe darão mais segurança. Você está colocando seu regime diante de um grave perigo. Apesar de todos os crimes cometidos contra Deus e contra os homens, nós vamos lhe oferecer um caminho para um futuro melhor”, disse o chefe de estado americano.

O presidente dos EUA pediu ainda que o regime norte-coreano não subestime ou “teste” os governos de Washington e Seul, além da comunidade internacional.

“Falo em nome não apenas de nossos países, mas de todas as nações civilizadas quando digo ao Norte: não nos subestime e não nos coloque à prova. Defenderemos nossa segurança comum, prosperidade compartilhada e sagrada liberdade”, afirmou.

“Não permitiremos que cidades americanas sejam ameaçadas com a destruição. E não permitiremos que as piores atrocidades da história sejam repetidas aqui, nesta terra pela que qual lutamos e morremos”, disse Trump, em referência à Guerra da Coreia (1950-1953) e às ameaças de Pyongyang contra território americano.

“Os EUA nunca buscaram o conflito ou confronto, mas não fugiremos disso”, advertiu Trump, que listou os ativos estratégicos que o Pentágono implantou na região, entre eles um submarino e três porta-aviões de propulsão nuclear.

Guerra nuclear

A visita de Trump à Coreia do Sul já havia sido criticada pela imprensa norte-coreana. Segundo a agência sul-coreana Yonhap, o jornal “Rodong Sinmun”, o principal do Norte, publicou que “Trump voou para a Coreia do Sul enquanto busca fortalecer ameaças militares contra nós e tem a intenção de acender os fusíveis de uma guerra nuclear… o problema é que a Coreia do Sul está seguindo cegamente os EUA em sua intenção de armar um esquema para uma guerra nuclear”.

Viagem à Ásia

Na primeira escala da sua viagem à Ásia, o presidente americano visitou o Japão, onde se reuniu com o imperador do país, Akihito, e com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe.

Ao lado de Abe, Trump declarou que “a era da paciência estratégica acabou”. O Japão, que nos últimos meses viu o regime de Pyongyang lançar dois mísseis que sobrevoaram seu território, apoiou a proposta americana.

A viagem de Trump é a mais longa de um presidente americano em 25 anos à Ásia e acontece após meses de tensão entre Washington e Pyongyang. O governo de Kim Jong-un troca ameaças verbais com a administração Trump.

Após o pronunciamento no parlamento, Trump seguiu para a China. Ele também participará da cúpula da APEC (Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico), no Vietnã, e do fórum da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), nas Filipinas.

Fonte: G1

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