Hospital de Cirurgia registra B. O. na polícia contra secretária municipal da saúde


Lista de pacientes que estão aguardando cirurgias será entregue ao MPE.

Hospital de Cirurgia divulgou nesta quarta-feira (15) que registrou um Boletim de Ocorrência contra a secretária municipal de saúde de Aracaju. A lista de pacientes que estão aguardando cirurgias será entregue ao Ministério Público do Estado (MPE) na quinta-feira (16).

A direção do hospital comunicou que está com as cirurgias suspensas porque não teve condições de honrar com os pagamentos do corpo clínico e da Cooperativa de Anestesiologistas. O motivo seria o não pagamento por parte da Secretaria Municipal de Saúde de Aracaju.

“As parcelas municipais em aberto ultrapassam os R$ 2,6 milhões de reais, o que inviabiliza o funcionamento do hospital. Estão reservados somente os procedimentos em caráter de urgência e emergência”, informou a assessoria de comunicação do hospital.

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) informou que só terá condições de honrar com os pagamentos em atraso a partir do ano que vem. “Em decorrência da diminuição de R$ 3,5 milhões do repasse federal para a Secretaria Municipal, estamos enfrentando mais dificuldade para honrar o pagamento dos hospitais filantrópicos, realidade que as três instituições (São José, Santa Isabel e Cirurgia) estão cientes nas diversas negociações que têm sido feitas. Também já foi informado às entidades, que a possibilidade de regularização dos pagamentos só poderá ser vislumbrada a partir de fevereiro de 2018”, informou o assessor de comunicação da SMS, Victor Vieira.

O documento registrado na Delegacia Plantonista Sul foi divulgado pela assessoria de comunicação do hospital neste feriado. Leia abaixo, na íntegra, o que foi relatado à polícia:

“Em razão da inadimplência do contrato firmado com o município de Aracaju, o Hospital de Cirurgia possui um crédito de R$ 7.841.658,69. Embora confessado pela Secretaria Municipal da Saúde o débito de R$ 6,3 milhões, em Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em 13/11/17 junto ao MPE, nenhum valor foi pago. Isso inviabiliza o atendimento dos pacientes que venham a ser encaminhados para o hospital, bem como os que já estão internados, interferindo assim, o atingimento de metas do hospital e trazendo a efetiva desassistência aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) com iminente risco de morte. A situação se agrava em razão da Comunicação Interna (CI) datada de 13/11/17, por meio da qual os médicos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pedem desligamento em razão da ausência de pagamento”, relatou Marcela Pithon Brito dos Santos.

Fonte: G1/Sergipe

Deixe uma resposta

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.