O retorno de Márcio Macedo à Câmara dos Deputados


 

A cerca de um mês quando foi amplamente noticiado que o atual vice presidente nacional do PT, Márcio Macedo, reassumiria o mandato de deputado federal após um hiato de mais de 7 anos, diversas lideranças e militantes sociais manifestaram um enorme entusiasmo.

Algumas personalidades importantes do mundo da política, em diversos municípios, chegaram a postar mensagens e vídeos nas redes sociais, lembrando a bonita campanha popular de 2018, num claro gesto de enfrentamento a dolorosa orfandade atual.

Baiano de nascimento e sergipano por opção possui uma vasta biografia em defesa da população na “terra de Serigy”, seja como dirigente do Diretório Central dos Estudantes/DCE da UFS, ainda nos anos 1990; presidente do PT; superintendente do IBAMA ou secretário de estado.

Eleito deputado federal em 2010, honrou o povo sergipano em Brasília, com a sua competente atuação, especialmente no debate acerca do Código de Meio Ambiente e na vice-liderança da bancada petista.

Disputou bem as duas últimas eleições para a Câmara Federal, em 2014 e 2018 respectivamente e conquistou votações expressivas, ficando à frente de vários nomes, porém não assumiu a cadeira, devido às regras do modelo eleitoral de plantão.

Herdeiro do legado dos altos companheiros: Marcelo Déda (1960-2013) e Zé Eduardo (1957-2015), a convite do presidente Luís Inácio Lula da Silva, virou tesoureiro nacional e cumpriu a importante tarefa de reorganizar as finanças partidárias.

Habilidoso e inteligente conquistou a confiança do maior líder popular da América Latina, conseguindo integrar com louvor o seu núcleo duro, inclusive coordenou com êxito e elogios públicos as suas caravanas pelo Nordeste, em 2017.

Amigo e companheiro leal de Lula, em todas as horas, chegou ao terceiro congresso do partido, em São Paulo, em 2019, e confirmou o seu prestígio e liderança, permanecendo na direção nacional, desta feita como vice-presidente.

Em 2020, disputou a dificílima campanha para prefeito de Aracaju, onde liderou um projeto petista e enfrentou de forma corajosa e destemida as duas máquinas adversárias, na reta final cresceu, mas infelizmente não chegou ao segundo turno.

Macedo é um homem decente e um dirigente honesto ideologicamente, incapaz de realizar qualquer operação política que comprometa a história, o legado e a liturgia do Partido dos Trabalhadores. Política para ele não é a arte do vale tudo.

Apesar da procrastinação do presidente Arthur Lira, faz-se necessário o seu retorno urgente à Câmara Federal, objetivando a defesa intransigente da sociedade brasileira, especialmente da democracia como sinônimo de enfrentamento ao neo-fascismo colocado na ordem do dia.

José Domingos Machado Soares (Dominguinhos)
Professor e ex-vereador de Estância

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