Com boletos de R$ 450,00 para custear o transporte para Aracaju, estudantes mostram indignação com a Prefeitura de Estância; veja vídeo
Há alguns meses que vários estudantes universitários da Cidade Jardim de Sergipe, como é conhecida a bela e magnífica Estância, estão penando para custear o transporte para poder estudar na capital sergipana.
Na tarde de hoje, a estudante Lilia Santos @preta_liliaa, que cursa Letras na UFS, usou a sua conta no Instagram para demonstrar todo o descontentamento com a Prefeitura de Estância, já que o estudante está desembolsando 37% do salário mínimo para poder pagar o boleto. “É um absurdo um pai de família desembolsar 37% do salário mínimo para custear o transporte, vai chegar ao ponto em que teremos que optar em comer ou estudar… e estudar é um direito nosso”, disse Lilia.
Já a estudante Estefany dos Santos @eusouestefanyy, fez um desabafo na pagina do @fiqueisabendoh sobre o descaso com o transporte universitário. No vídeo publicado, a estudante que também cursa Letras na UFS, disse que a prefeitura não tá fazendo o repasse por ser época de eleições. “Diversas cidades não pagam nada, outras pagam R$ 50 ou R$ 60, por que o estudante estanciano tem que sofrer com isso? Muitas promessas foram feitas mas é muita desculpa e pouca ação”, disse a Estefany.
A Prefeitura de Estância emitiu uma nota para tentar justificar, no entanto, diversos comentários foram feito logo abaixo da nota, inclusive marcando o prefeito e o vice-prefeito nos posts, pedindo para que resolvam a situação.
A ASEFE também comentou acusando a prefeitura de não ter ajudado em nada durante os dois anos de pandemia.
Diversas pessoas também comentaram o post, o seguidor @paulo_brsk disse que o prefeito só investe em praça. Já @ricardo.santtoss disse que o prefeito só sabe virar as costas pras pessoas que precisa dele ! Isso é uma Vergonha pra os universitários. O seguidor @joassantoss disse que É incrível como o interesse político tem prioridade, enquanto, a educação da sua cidade é deixada de lado. @drgilsonandrade ótima gestão, disse ironizando o estanciano.
Veja vídeos das estudantes e a nota da Prefeitura de Estância e da ASEFE
Nota da Prefeitura de Estância
A garantia constitucional do acesso à Educação é promovida nas três esferas de governo: federal, estadual e municipal, cabendo aos municípios à promoção da Educação obrigatória até o nono ano do ensino fundamental, com respaldo financeiro somente para esta finalidade.
Mesmo diante da limitação de competência, a Gestão Municipal, desde 2017, vem acolhendo o ensino superior, promovendo incentivo sob a forma de repasse, por meio de convênio.
Em 2022, a Associação dos Universitários das Instituições Particulares já continuam recebendo o repasse municipal. Já a Associação dos Universitários das Instituições Federais ainda não estão sendo atendidos em virtude de irregularidade tributária da referida associação, sanada somente no último mês de agosto/22.
A Gestão Municipal continuará acolhendo a
instituição supra citada, contudo, em virtude do período eleitoral não se pode formalizar o pretendido repasse, pois já houve notificação do ente público municipal pelos Órgãos fiscalizadores, uma vez que a Educação superior
não é da competência originária da municipalidade.
A Comissão dos Estudantes Federais no dia de hoje foi recebida pelo Prefeito em exercício, saindo
com reunião já agendada para o dia 03/10/22, às 11h, para retomada das discussões.
No que concerne a disponibilidade dos ônibus escolares, “os amarelinhos”, somente em agosto deste ano o Ministério da Educação possibilitou, mediante regulamentação municipal, a disponibilidade destes, casos estejam “parados”. Em Estância, contudo, no horário de viagem dos universitários, tais ônibus escolares ainda estão cumprindo a rota do transporte dos estudantes da Rede municipal.
Faz necessária ampla discussão e estudo no tocante a esta análise. Vontade política e compromisso não faltam para que esta situação seja resolvida da forma mais célere possível, dentro do que a lei permite, para que haja a continuidade dos repasses.
Nota da ASEFE
Durante os 2 anos de pandemia não recebemos um centavo de ajuda do poder público municipal, (Se não tem ninguém viajando a associação pode fechar as portas) 😢
No início de 2022 com a retomada das aulas presenciais, fomos correr atrás do prejuízo e durante 7 meses com muito esforço fizemos a transferência da documentação, fizemos as alterações no estatuto, pagamos as taxas necessárias para liberação de todas as certidões e finalizamos o que era necessário para formalizar o convênio. E agora temos que esperar praticamente mais dois meses sem o repasse por conta de período eleitoral.
Todos os dias alunos cancelam os contratos e desistem do seus cursos por não ter como pagar a mensalidade. Nos últimos 15 dias foram mais de 20 cancelamentos, até que isso se resolva vamos perder quantos outros?
Por Cláudio Hiroshy
Por mais que a Educação Superior não seja da competência do Município, mas o Prefeito tem o DEVER MORAL de ajudar os estudantes, visto que a referida categoria é formada pelos seus próprios munícipes!