É animador saber que temos um estadista entre os candidatos ao Governo de Sergipe


Por Sílvio Santos

Já houve um tempo em que Sergipe foi governado por homens que entendiam a importância de estarem preparados para a tarefa de planejar e executar ações que levassem ao desenvolvimento do Estado.

Líderes que não se limitaram às quatro paredes do palácio, ou à pompa do cargo, e correram atrás de recursos e oportunidades que otimizassem nossas riquezas naturais, potencializassem nossa economia e gerassem o nosso crescimento econômico e social.

Não é por acaso que Sergipe, até bem pouco, liderava os Índices de Desenvolvimento Humano – IDH – entre os Estados do Nordeste.  Nomes como os de Augusto Franco, João Alves Filho, Antônio Carlos Valadares, Albano Franco e Marcelo Déda, só para falar dos mais recentes, ainda estão na memória das gerações contemporâneas e nas placas de obras estruturantes do nosso Estado.

É bom lembrar que todos esses ex-governadores citados enfrentaram crises econômicas nacionais e internacionais, como a do petróleo no final dos anos 70, a super inflação dos anos 80, a quebra do país no final dos anos 90 que nos levou ao FMI, e a crise financeira mundial de 2008, que abalou o mundo todo.

Ainda assim, não há registro de acomodação e nem de resignação por parte daqueles governantes e muito menos atraso no pagamento dos salários dos servidores públicos.

Nos últimos anos vimos com profunda tristeza, enquanto o setor do turismo agonizava, o Estado de Sergipe ter que devolver, por absoluta incapacidade administrativa, recursos do Prodetur ao banco financiador do projeto que visava soerguer esse ambiente de negócios.

Recentemente, o Consórcio do Nordeste, que congrega todos os Estados da região, formalizou acordo de cooperação com o Governo da França envolvendo gestão estratégica do meio ambiente e o desenvolvimento regional nas áreas de energia, água, saneamento, gestão de resíduos e agricultura familiar.

Uma grande oportunidade que os governadores aproveitaram para enfrentar o cerco imposto pelo irresponsável e insensível Governo da União. Enquanto isso, não se tem conhecimento de nenhum projeto do Governo de Sergipe que o credenciasse a pleitear financiamento para essas áreas.

Mas esperar o que de um governo que simplesmente acabou com a Secretaria do Planejamento? Esse é o cenário em que acontecerão as eleições 2022 e os candidatos já começam a aparecer.

Diante do caos político-administrativo dos últimos anos, prosperou um tipo de candidato que traz como única virtude a experiência de pagar salários em dia. Pasmem: o que era uma obrigação, agora virou uma virtude. Quede o diagnóstico dos problemas do Estado e os projetos para sua superação e consequente retomada do nosso crescimento econômico e social? Nadica de nada.

É nesse deserto de estadistas que a Federação de partidos composta pelo PT, PV, PCdoB e aliados como o PSB e Solidariedade se diferencia ao apresentar a pré-candidatura de Rogério Carvalho para o Governo do Estado nessa eleição.

Sim, Rogério Carvalho é um candidato que se preparou para essa missão. Que examinou e diagnosticou os problemas que travam o nosso crescimento. Que diante do diagnóstico, sugere e apresenta o tratamento a ser dado.

Observe o discurso de Rogério nas entrevistas que tem concedido e nos atos de quem tem participado. Preste a atenção nos movimentos de um político que se credencia a disputar o cargo de governador tendo a clareza do desafio que isso representa.

Rogério se coloca como um protagonista que retomará o fio da meada dos antigos governadores que colocaram como missão principal de suas vidas públicas a determinação e o compromisso com um Sergipe grande do tamanho dos anseios e das aspirações do seu povo.

Hoje, nesse momento em que rabisco essas mal traçadas linhas Rogério Carvalho está em Houston, importante cidade do Estado do Texas, nos Estados Unidos. Ali, ele participa como convidado e como painelista da Offshore Technology Conference – OTC .

A OTC Houston é reconhecida como o principal ambiente de representantes – públicos e privados – da indústria de óleo e gás do mundo inteiro, contando com a presença de representantes de 130 países. Lá, o objetivo é buscar identificar parcerias comerciais e tecnológicas.

É identificar oportunidades que possam potencializar uma das nossas maiores riquezas. É mostrar as potencialidades de Sergipe nessa área. É estabelecer contatos que criem uma relação de diálogo com a ExxonMobil, por exemplo, que hoje é detentora dos direitos de exploração de petróleo em nossa bacia e que possa gerar parcerias e ações que ajudem a desenvolver nosso Estado.

Para sairmos dessa pasmaceira, urge prestarmos a atenção em quem está mais preparado para governar e liderar a retomada do desenvolvimento de Sergipe. Enquanto governantes e parte significativa da nossa classe política, inclusive muitos dos que agora se apresentam como candidato ao mandato de governador, assistiram passiva e silenciosamente a desmontagem e a retirada da Petrobras do nosso solo, principal esteio da nossa economia, Rogério demonstra atitude, compromisso e preparo para retomar ações que sinalizam um futuro alvissareiro para Sergipe.

É animador, depois de tanta indigência, saber que temos um estadista entre os candidatos ao Governo de Sergipe em 2022.

Silvio Santos é jornalista, ex-vice-prefeito de Aracaju e pós-graduado em Ciência Política.

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