Primeiros casos de “supergonorreia” dos Estados Unidos são confirmados


A infecção sexualmente transmissível (IST) apresentou resistência a cinco classes de antibióticos em dois pacientes no estado norte-americano de Massachusetts

Bactéria ‘Neisseria gonorrhoeae’, causadora da gonorreia, infecção sexualmente transmissível Foto: CDC/ Joe Millar

 

O Departamento de Saúde Pública (DPH) dos Estados Unidos anunciou a detecção de dois casos de uma nova cepa da bactéria Neisseria gonorrhoeae, causadora da gonorreia, no estado de Massachusetts. A infecção apresentou resposta reduzida a vários antibióticos ministrados aos pacientes. É a primeira vez que esse tipo de resistência foi notificada no país, já havendo ocorrências semelhantes na Ásia e na Europa.

Segundo o DPH, ambos os casos foram curados com sucesso pelo uso de ceftriaxona, o antibiótico atualmente recomendado para tratar a gonorreia. Até o momento, nenhuma conexão direta entre os dois indivíduos foi identificada. Agora, epidemiologistas do órgão estão focados em rastrear outras pessoas que possivelmente tenham adquirido a cepa resistente.

Um alerta foi emitido pelo DPH aos médicos e laboratórios para reforçarem as políticas de conscientização sobre a infecção. A recomendação é aumentar a testagem em indivíduos sintomáticos e usar altas doses de ceftriaxona no tratamento dos pacientes.

Em comunicado à imprensa, a agente de saúde Margret Cooke aponta que “a descoberta dessa cepa de gonorreia é um sério problema coletivo”. “Pedimos a todas as pessoas sexualmente ativas que sejam regularmente testadas para ISTs e considerem a redução do número de parceiros sexuais e o aumento do uso de preservativos”, acrescenta.

Primeiros casos de “supergonorreia” dos Estados Unidos são confirmados; entenda — Foto: Pixabay

Os casos de gonorreia têm aumentado a cada ano nos EUA. Só em Massachusetts, o número passou de 1.976 em 2009 para 8.133 em 2021, um crescimento de 312%. Já no cenário nacional, durante o mesmo período, o país confirmou uma elevação de 131% nos diagnósticos da infecção, sendo 696.764 casos apenas em 2021.

Fonte: Revista Galileu

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