Regina Duarte canta música da ditadura, dá chilique e abandona entrevista na CNN Brasil; assista


Regina Duarte canta música da ditadura e minimiza crimes do período: ‘sempre houve morte e tortura’

Em entrevista à CNN, a Secretária de Cultura, Regina Duarte, disse que “sempre houve tortura” e “na humanidade não para de morrer” ao ser questionada sobre a ditadura militar

247 – A secretária de Cultura e ex-atriz da Globo, Regina Duarte, minimizou as mortes e as torturas da ditadura militar em entrevista à CNN, nesta quinta-feira, 7. Ela disse que “[Jair] Bolsonaro é a melhor opção para o País” e não deu importância ao apoio do presidente ao regime militar.

Perguntada sobre as mortes e as torturas da época, ela respondeu que “sempre houve tortura” e “na humanidade não se para de morrer”. Ela também cantou música da época, fazendo saudosismo aos militares, numa apologia ao período. “Pra frente Brasil, salve a seleção. Como era bom essa época”, afirmou.

A secretária, além disso, também falou sobre a omissão de sua Secretaria diante das mortes de Aldir Blanc, Moraes Moreira e Flávio Migliaccio. Duarte disse que não emitiu comunicado para “não virar obituário”.

A atriz Regina Duarte, secretária nacional da Cultura, teve um chilique ao vivo durante uma entrevista na CNN Brasil. Ele era entrevistada pelo repórter Daniel Adjuto, em Brasília, quando surtou com um vídeo da colega Maitê Proença. “Que baixaria! Não estava combinado!”, protestou a secretária, após ser contrariada com perguntas sobre sua demissão e a política cultural da pasta. Antes de abandonar a entrevista, Regina Duarte protagonizou um dos maiores fiasco da TV brasileira ao cantarolar o hino da ditadura militar [Pra frente Brasil]. Segundo a secretária, torturas e mortes foram normais durante o período. “Mortes convivem com a vida”, minimizou. Maitê Proença cobrava da secretária atitudes em apoio à categoria, palavras e gestos pelos que se foram recentemente. Ao abandonar a entrevista da CNN, ao vivo, a atriz Regina Duarte ganha mais alguns pontos com a Rede Globo – sua casa por mais de 50 anos.

Regina Duarte sobre ausência de homenagens a nomes da cultura: “Eu abro um obituário”. A cultura perdeu figuras como o compositor Aldir Blanc, o escritor Rubem Fonseca, o cantor Moraes Moreira e o ator Flávio Migliaccio

Em entrevista à CNN nesta quinta-feira 7, a atriz Regina Duarte, à frente da Secretaria Especial de Cultura, declarou que a pasta não fez homenagens aos artistas brasileiros mortos durante a pandemia do coronavírus senão a pasta viraria um obituário. “Essas pessoas estão fazendo falta, sentiremos falta delas, mas acho que se eu estiver sendo cobrada significativamente por uma população que quer ser informada de cada óbito, eu abro um obituário”, declarou.
Na segunda-feira 4, o compositor e escritor brasileiro Aldir Blanc morreu aos 73 anos vítima da Covid-19. A cultura também perdeu nomes como do escritor Rubem Fonseca, o escritor Luiz Alfredo Garcia Roza, o músico Moraes Moreira e o ator Flávio Migliaccio.

Durante a entrevista, Regina Duarte afastou a possibilidade de uma possível demissão, afirmou que se mantem no cargo, e assumiu dificuldades no cargo. “Tenho tido muitas dificuldades técnicas e burocráticas de gestão, falo isso com humildade. Estou aprendendo muito”, declarou. Ainda emendou que a cobrança que recai sobre si é muito pesada.

“Pessoas à frente de cargos de gestão tem 100 dias para apresentar propostas, comecei a ser cobrada com 30”, declarou.

Ao término da entrevista, a secretária foi colocada diante um vídeo da atriz Maitê Proença, enviado à emissora, questionando a sua falta de diálogo com a categoria de artistas brasileiros, que vêm encontrando dificuldades de se manter em meio à pandemia. Visivelmente irritada, Regina Duarte disse que não comentaria as críticas da atriz. “Como assim entrar pessoas no meio da entrevista? Desenterrar mortos? Achei que a entrevista era com você”, se dirigindo ao repórter Daniel Adjunto, que estava em link ao vivo com os apresentadores.

Fonte: Brasil 247, Blog do Ismael e Carta Capital

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